5 passos para implementar a Manutenção Autônoma

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Como já falamos aqui anteriormente, o TPM é umas das ferramentas de gestão mais utilizadas e mais importantes existentes hoje. Vamos a partir deste artigo fazer uma abordagem mais específica de como funciona cada um de seus pilares.

Começaremos hoje com a Manutenção Autônoma. Pra isso vou te fazer uma pergunta: quem confere a calibragem do seu pneu, nível de óleo, nível de líquido de arrefecimento, se algum barulho estranho ocorre? Apesar de existirem frentistas que possam fazer este trabalho, normalmente o motorista o faz. O operador.

Este tipo de inspeção e atuação ocorrem pois entre as manutenções periódicas de um veículo imprevistos podem ocorrer. Nível de óleo cair, pressão dos pneus caíram, ruído de pastilha no final de vida útil surgir. Com isso você providencia a intervenção para evitar que maiores custos e danos surjam.

O mesmo ocorre na indústria. O operador da máquina é a pessoa que mais conhece do equipamento. Com isso ele pode indicar ruídos anormais, movimentos anormais e com o conhecimento adequando atuar. Isso facilita uma ação rápida e que o chamado não precise passar por todo processo de planejamento de uma atividade exigida pelo PCM ou que uma manutenção corretiva (muito pior e onerosa) ocorra.

O nome deste tipo de manutenção é Manutenção Autônoma.

Agora, como implementar uma manutenção autônoma? Quais atividades transferir para o operador executar? Fique comigo que já irei te falar os 5 passos.

Passo 1: Limpeza

Muitas falhas ocorrem devido à falta de limpeza. Muitas máquinas são instaladas em ambientes agressivos onde podemos evidenciar a presença de material particulado, cavaco, vibração excessiva, dentre outros.

A sujeira pode impregnar a haste de cilindros, contaminar o óleo caso não haja um processo adequado para completá-lo ou efetuar sua substituição, dentre outros.

Muitas vezes equipamentos não exigem a atuação constante do operador. Nestes intervalos entre um setup e outro uma simples limpeza com vassoura, ou um pano mesmo, limpeza com água, pode ajudar e muito a evitar sujeira excessiva e possível deterioração do ativo.

Passo 2: Pequenas Intervenções

Muitas máquinas estão sujeitas à vibração. Vibração pode ocasionar a perda de torque pelos parafusos. Em muitos casos é comum o próprio operador ter uma pequena caixa de ferramentas onde ali ele possa executar por exemplo este aperto de parafusos.

Um outro exemplo é reparo em parâmetros do equipamento. Muitas máquinas tem seus parâmetros alterados conforme determinada ferramenta se desgasta (já vi em prensa, centrais de concreto, dentre outros), ou você tem uma bomba em stand by e precisa alternar o funcionamento. Não necessariamente é preciso que você solicite a manutenção a fazer esta operação.

Passo 3: Eliminação das fontes de sujeira e vazamento de óleo

Operadores são muito inteligentes e criativos. Convivem com vários problemas diariamente e com isso muitas vezes já possuem a solução pra determinado problema. Se você nunca percebeu isso se aproxime de um e pergunte por uma dificuldade pela qual ele passa hoje e pergunte-o o que poderia fazer para ajudá-lo. Em muitos casos a resposta dele será a solução do seu problema.

Seguindo a premisse que este profissional conhece bastante do equipamento que opera, ele também observa constantemente de onde vem a sujeira, vazamentos, ruído. Após certo treinamento e conscientização, dê um sinal verde a ele para fazer pequenas atuações que não coloquem em risco sua segurança e dos demais companheiros de trabalho.

Passo 4: Lubrificação

A empresa em que trabalhei onde vi mais a manutenção autônoma funcionar foi na Petrobrás. Quando eu era técnico de operações existia alguns equipamentos que em todo início de jornada de trabalho precisava ser inspecionado. Um destes equipamentos era uma bomba cujo reservatório de óleo deveria ser preenchido de óleo caso nível estivesse baixo no início da jornada.

Realmente como operador não via necessidade de solicitar um lubrificador par efetuar esta atividade e com certeza facilitava e trazia grandes resultados para a empresa.

Passo 5: Check-list

E pra finalizar sugiro a implementação de check-lists que indiquem o profissional quais atividades precisam ser verificadas e realizadas. Isso facilitará, e muito, com que nada passe batido. Mesmo um funcionário antigo pode sem querer deixar de verificar algo.

A periodicidade vai depender do que está sendo verificado. Na Petrobrás os operadores tinham um check-list por turno, amostragens padrões que variavam por turno também, teste de válvula de segurança de esferas de GLP todo domingo no segundo turno e daí por diante. Vai depender da necessidade, importância e dinamismo da operação.

Capacitação é tudo

Não estamos falando simplesmente em passar todas as atividades para o operador e esquecer. Mas sim de capacitá-los em realizar certas atividades e tomar certas decisões sem burocratizar o processo e envolver muitas pessoas em intervenções simples.

O segredo de uma boa implementação do Pilar de Manutenção Autônoma é conscientização e treinamento.

Concorda? Deste seu comentário pra aqui em baixo pra gente!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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2 respostas

  1. Atualmente na minha empresa os operadores estão proibidos de qualquer tipo de intervenção, devido aos processos trabalhistas. Mas com certeza quando vou atender um chamado, geralmente já estão com a solução.

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